Já foram apresentados métodos quantitativos (survey, censo, coleta documental) e qualitativos (entrevistas, etnografia, história oral).
A escolha deles deve estar diretamente relacionada com o objeto, a problemática da investigação, as possibilidades e limitações do pesquisador e da pesquisa em si.
Escolher significa optar pelas singularidades de cada método, isto é, seus naturalmente existentes pontos fortes e fracos.
Perguntamo-nos, no entanto, se é preciso que um pesquisador eleja apenas um ou se é possível que faça uso de diferentes métodos combinadamente.
Refletir sobre essas possibilidades nos conduz a pensar a partir de uma perspectiva multimétodo. Um pesquisador pode, por exemplo, aplicar um método quantitativo e combiná-lo a um método qualitativo? Por exemplo, pode ele intercalar a história oral com a coleta documental? Ou, ainda, empreender uma pesquisa censitária e complementar sua análise com base em uma pesquisa arquivística?
Essas perguntas estão na superfície de questionamentos mais radicais. Poderíamos assim formulá-los: há uma maneira mais correta de se pesquisar determinado objeto? Uma pesquisa quantitativa é melhor ou mais verificável que uma pesquisa qualitativa? Qual é o embate entre essas duas formas de se fazer pesquisa? Chega-se ao momento de entender as potencialidades de pesquisas qualitativas e quantitativas, aplicadas isoladamente e refletir sobre as possibilidades de se empregar diferentes aportes metodológicos.