Reprodução, com adaptações, da Apostila TCC 1 e 2, preparada pelos professores FERNANDO FONTAINHA, IVAR HARTMANN, ANA MARIA MACEDO CORRÊA, CAMILA ALVES E KATARINA PITASSE, da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro, em 2014.1

10 - Metodologia Quantitativa: O Censo

Ao ler ou ouvir a palavra censo, um estudante brasileiro poderia logo relacioná-la às atividades desenvolvidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e lembrar-se de aplicadores de questionários, os chamados recenseadores, munidos de um pequeno aparelho eletrônico, com o qual, de casa em casa, coletam informações como o número de habitantes por casa, profissões daqueles moradores, suas escolaridades, dentre outras tantas.

Podemos dizer que sabemos, intuitivamente, o que é um censo. O censo seria, assim, definido como uma pesquisa quantitativa em que, defi nido determinado universo, o pesquisador se propõe a investigá-lo por inteiro e não parte dele. Assim, se sua investigação envolver perguntas aos brasileiros, por exemplo, e o pesquisador optar por realizar uma pesquisa censitária, deverá questionar todos aqueles considerados brasileiros e não uma parcela representativa desse universo.

Será, no entanto, que o censo só pode ser utilizado nessas pesquisas de âmbito abrangente envolvendo instituições de grande porte? Ou será possível usar este instrumento em uma pesquisa de trabalho de conclusão de curso?

Para responder essas perguntas, precisamos refinar a noção acima delineada sobre censo, quais são seus alcances e limitações.

Outro questionamento que poderá surgir diz respeito às informações já coletadas, dispostas em gráficos e divulgadas por essas instituições: como poderíamos aproveitar os dados ali contidos? Como podem ser aproveitados em nossas pesquisas?

Leitura Recomendada:

LESSA, Isabelle de Lima. Como os juízes pensam? Estudo empírico sobre o reconhecimento das decisões administrativas da Aneel envolvendo relações de consumo no Juizado Especial Cível do Estado do Rio de Janeiro. In Coleção Jovem Jurista. Rio de Janeiro: FGV Direito Rio, 2012. Páginas 201 — 214